Bicampeão
do mundo pela seleção brasileira em 1958 e 1962, Garrincha está
proibido pela Fifa de ter seu nome associado ao estádio de Brasília
durante a Copa das Confederações e a Copa-2014, como informa a Folha.
O ex-craque do Botafogo dá nome ao
estádio da capital federal desde a década de 1980. No ano passado,
virou lei no DF: o nome da arena é “Estádio Nacional de Brasília Mané
Garrincha”.
A Fifa, no entanto, decidiu que, durante
as competições que organiza, o complemento “Mané Garrincha” não será
permitido. E isso terá de ser respeitado em propagandas e divulgações
dos eventos.
A entidade argumenta que as competições
são de “interesse internacional” e que deve “manter a consistência dos
nomes dos estádios”.
Contudo, outros estádios que também
possuem nomes tradicionais, e, em tese, de difícil compreensão
semântica para o público internacional, como Maracanã e Mineirão, não
sofrerão mudança.
No que depender do governo do Distrito
Federal, a Fifa não terá problemas legais em mudar temporariamente o
nome do estádio –que sediará a abertura da Copa das Confederações e
sete partidas do Mundial em 2014.
Embora o governo tenha afirmado, em nota enviada à Folha,
“estar certo de que não haverá necessidade de mudança na arena da
capital federal”, projeto de lei enviado semana passada pelo governador
Agnelo Queiroz (PT) aos deputados distritais inclui artigo prevendo a
troca.
Na prática, é uma manobra para atender a
Fifa após derrota política em 2012. Já ciente do desejo da federação
de não ter Mané Garrincha vinculado ao nome da arena, Agnelo vetou
projeto de lei que assim o batizava. O veto foi derrubado pelos
deputados.
Caso o texto agora proposto por Agnelo
seja aprovado, abre-se também a brecha para que a Fifa associe o
estádio a um determinado patrocinador. A entidade afirma que isso não
irá acontecer.
Diz tratar-se de procedimento comum. Cita como exemplo os dois últimos mundiais, na África do Sul (2010) e na Alemanha (2006).
Neste último caso, o exemplo mais
específico é a Allianz Arena, moderno estádio do Bayern de Munique, que
durante a Copa de 2006 perdeu o nome da seguradora e recebeu um
genérico: Arena de Munique.
Fonte Blog Elba Galindo
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