O
Plano Safra Semiárido, anunciado nesta sexta (4), em Salvador (BA),
pela presidenta Dilma Rousseff, vai disponibilizar R$ 7 bilhões em
crédito para a agricultura na região. Desse total, R$ 4 bilhões serão
destinados à agricultura familiar que está presente em 95% dos
estabelecimentos agropecuários dos municípios do Semiárido. Os demais
R$ 3 bilhões vão para os médios e grandes produtores.
Os juros do plano para as operações de
custeio variam de 1% a 3% ao ano. Para investimento, os juros são de 1%
a 1,5% ao ano. As taxas são menores que as praticadas em outras
regiões. A presidenta anunciou, também, medidas adicionais para
renegociação de dívidas dos agricultores como a suspensão de prazos de
cobrança de dívidas de agricultores inadimplentes e desconto para
liquidar operações de crédito rural.
Dilma destacou que é preciso aprender a
conviver com a seca sem transformá-la em uma “catástrofe”. Para isso, a
presidenta disse que é necessário implantar ações estruturantes que
garantam reservas e abastecimento de água, alimentos e agreguem valor
aos produtos da região.
“Não tem nenhum obstáculo intransponível
no Semiárido. Sabemos que tem culturas que podem ser desenvolvidas
aqui e podemos fazer daqui uma importante região leiteira”, disse a
presidenta. Ela acrescentou que, “assim como países desenvolvidos do
norte do mundo vivem invernos extremos e não convivem com eles como
catástrofes, não podemos aqui, no nosso país, deixar de ver que a seca
pode ser perfeitamente controlada e podemos com ela conviver. Para
isso, é preciso a determinação, a vontade política e a ação conjunta”.
O plano está estruturado em ações de
recuperação e fortalecimento de cultivos alimentares regionais, da
pecuária leiteira e de pequenas criações. Outro eixo é o de estímulo à
industrialização para diversificar e agregar valor na produção e
estímulo à agricultura irrigada no Semiárido. O plano busca, ainda,
desenvolver sistemas produtivos com reserva de água e reserva de
alimentos para animais.
O ministro do Desenvolvimento Agrário,
Pepe Vargas lembrou que, pela primeira vez, é lançado um plano safra
voltado apenas para o Semiárido. “Estamos atentos às políticas de
crédito, de seguro rural, e queremos o desenvolvimento rural
sustentável e pleno”, disse Vargas.
Durante a cerimônia foram entregues 323
máquinas, entre retroescavadeiras e motoniveladoras para 269 municípios
baianos. O maquinário poderá ser usado pelos municípios no
enfrentamento da estiagem em obras de infraestrutura hídrica, como o
desassoreamento de barreiros e a edificação de barragens subterrâneas.
De acordo com o ministro Pepe Vargas, foi dada prioridade aos
municípios
Fonte: Blog Elba Galindo
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