A
capacidade da bacia leiteira de Bodocó caiu de 150 mil litros de
leite/dia para pouco mais de 30 mil, em razão da seca. O rebanho
excelência, constituído ao longo de décadas, passou de mais de 64 mil
cabeças, em 2011, para menos de 50 mil, em 2013.
O cenário retratado por produtores da
bacia leiteira, durante audiência pública no Centro de Conviência do
Idoso não é novidade para quem reside na região, mas torna-se mais
visível agora, com os efeitos que aparecem, na comprometida economia da
região.
Muitos foram vencidos pela falta de
água e comida. As carcaças estão nos cemitérios de gado que já fazem
parte do cenário sertanejo. Outras foram para o abate precoce ou
levadas, a preço irrisório, para fazendas em estados como o Maranhão.
A ração de forragem de cana e milho em
grãos não chega na quantidade necessária. O gado continua morrendo sem
comida”, lamentou Danilo Rodrigues, prefeito do município.
O gestor municipal pediu uma ação
concreta e rápida, pois a chegada das chuvas não vai resolver o
problema. “A renovação do pasto é demorada e, sem dinheiro e crédito,
recompor a economia local será muito difícil”, alertou.
Diogo Moraes disse que ouviu atentamente
os problemas e sugestões que farão parte do relatório a ser
apresentado ao governador Eduardo Campos. “Estamos aqui para ouvir e
sentir, solidariamente, as reclamações e buscar resultados concretos.”
Raimundo Pimentel, por sua vez, falou do compromisso de levar para os
Governo do Estado e Federal os reclamos do sertanejo. “Fiquem certos de
que estaremos empenhados em trabalhar na Assembleia Legislativa para
que essa situação seja superada em breve.”
Foto: Samuel Morais
Fonte: Blog Elba Galindo
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