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sábado, 27 de abril de 2013

Agricultores pernambucanos aprendem a conviver com a seca



Já que não é possível evitar a seca, a atitude mais eficiente é aprender a conviver com ela. É o que defendem muitos especialistas, que desenvolveram diversas técnicas para o conjunto chamado de ‘alternativas de convivência com o semiárido’, como construir cisternas para armazenar água dos rios e das chuvas e fazer um planejamento para vencer a aridez e extrair o melhor da terra, como informa o G1.
Como parte do programa Água para Todos, o Governo Federal já distribuiu quase 270 mil cisternas de PVC e a meta é chegar a 750 reservatórios até 2014. Além deste programa, a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), em parceria com o Governo Federal e os governos estaduais, também desenvolve um projeto de convivência com a seca para ajudar várias famílias que vivem nessa região nordestina.
A iniciativa da ASA já construiu e distribuiu cerca de 454 mil cisternas no semiárido brasileiro, cada uma com capacidade para 16 mil litros. O reservatório é feito de alvenaria, fica um metro enterrado, deve ser pintado de branco para refletir a luz do sol e manter a água sempre fresca.
A expectativa da ASA é chegar à meta de construir um milhão de reservatórios no interior. De acordo com a entidade, se chover 500 milímetros – abaixo da média anual do Sertão – uma casa com mais de 40 m² poderá armazenar água o suficiente para beber e cozinhar durante um ano. “É essa a política, estocar na hora da abundância para que a gente possa ter água na hora da escassez”, explica o coordenador da ASA, Manuel dos Anjos.
Outro tipo de cisterna muito utilizada pela Articulação é a do tipo calçadão, utilizada especialmente para armazenar água para produção agrícola e criação de animais. Esse modelo é formado por uma área cimentada de 200m², cuja água que cai sobre ela escorre para um reservatório com capacidade para até 52 mil litros.
Para conseguir acesso às cisternas de 16 mil litros construídas com a tecnologia da ASA, a família deve ter renda per capita de até meio salário mínimo, morar na própria casa e não ter outra cisterna na residência. No caso da cisterna de 52 mil litros, o morador precisa passar por uma capacitação.
A ASA disponibiliza o telefone (81) 2121.7666 para tirar dúvidas sobre as cisternas e como ter acesso aos reservatórios.
Orientação anti-desperdício
Em Serra Talhada, no Sertão, seis famílias moram na comunidade Barra Nova e conseguem produzir alimentos diversos o ano inteiro só com o sistema de cisternas e armazenamento de águas. Sempre tiveram um poço por perto, mas não sabiam como utilizar a água até que conheceram o Centro de Educação Comunitário Rural (Cecor).
O agricultor João Lourenço Dunga explica as diferenças na paisagem da caatinga antes e depois das tecnologias de reservatórios. “Antes aqui só era caatinga e pedra. Agora está aí, olha, fartura. As crianças comem na hora que querem, a mulher pode temperar à vontade. Quando os vizinhos querem, é só vir atrás”, conta o morador da comunidade.Fonte: Bodocó na Net

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