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segunda-feira, 4 de março de 2013

Calor deve piorar em Pernambuco, diz especialista


A sensação de forte calor que os pernambucanos têm vivido nos últimos dias deve continuar até o fim de abril, quando devem ser alcançadas as mais altas temperaturas do ano. Segundo o professor de climatologia do curso de ciências ambientais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Lucivânio Jatobá, o fenômeno é normal para o período e se deve ao posicionamento da Terra em relação ao Sol.
Entre os meses de fevereiro e março, devido ao movimento de translação, o Sol se posiciona exatamente sobre os estados de Pernambuco e Paraíba, aumentando a insolação sobre a região. Os dias mais quentes serão registrados entre 21 e 28 de abril, quando as temperaturas começam a cair com a chegada de maio.
Segundo o especialista, a sensação mais forte de calor não está diretamente relacionada ao aquecimento global, mas com a seca que o Nordeste enfrenta desde o ano passado. "A nebulosidade está baixa; então os raios solares atingem o solo diretamente", explica Jatobá, sobre as nuvens que normalmente aliviam a sensação durante o período.
Com a incidência direta do Sol, o solo aquece mais rápido com as chamadas ondas curtas. O calor se intensifica quando o solo aquecido repassa o calor para a atmosfera (ondas longas), aumentando a sensação térmica.
No Sertão, o forte calor se alia à baixa umidade do ar e pode ser um risco para a saúde. Segundo registros do Laboratório de Meteorologia do Itep, o município de Ibimirim chegou a 21% de umidade relativa, próximo ao nível de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para se proteger, é recomendado beber bastante água, evitar exposição ao Sol entre as 10h e as 16h e a prática de exercícios ao ar livre nesse período. (As informações são do NE10)

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