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sábado, 14 de janeiro de 2012

Navio naufraga e deixa mortos na Itália

Embarcação tinha cerca de 4 mil pessoas e 53 brasileiros a bordo. Três corpos foram resgatados e equipes buscam desaparecidos

                                Foto: AP
O navio Costa Concordia, que levava 4.000 pessoas, naufragou após bater em banco de areia próximo à ilha de Giglio (Itália)
Um navio de cruzeiro de luxo que levava mais de 4 mil pessoas naufragou na noite desta sexta-feira na costa da Itália. Inicialmente as autoridades italianas divulgaram que pelo menos seis pessoas haviam morrido, mas somente três corpos, de dois franceses e um peruano, foram resgatados até agora.  Várias pessoas ficaram feridas, incluindo duas gravemente, e cerca de 70 estão desaparecidas. O consulado do Brasil em Roma confirmou que 53 brasileiros estavam a bordo. Até o início da noite de sábado, não havia registro de que algum brasileiro estivesse entre as vítimas do acidente.
O navio Costa Concordia bateu num banco de areia próximo à ilha de Giglio e já havia inclinado cerca de 20 graus quando as pessoas começaram a deixar a embarcação em botes salva-vidas ou nadando. O cruzeiro encalhou por volta de 21h30 horas (18h30 no horário de Brasília).
A Costa Cruzeiros confirmou que havia 47 passageiros brasileiros a bordo, além de seis tripulantes. Também informou que, no total, foram evacuados 3.200 passageiros e 1.000 tripulantes. A empresa acrescentou que cerca de 1.000 passageiros são italianos, 500 alemães e 160 franceses.
O presidente da operadora de cruzeiros, Gianni Onorato, chegou a declarar que o navio teria se chocado contra uma rocha gigante. De acordo com o executivo, a retirada de passageiros começou a ser feita imediatamente após o choque, mas foi prejudicada pela inclinação repentina do navio. A embarcação já havia inclinado cerca de 20 graus quando as pessoas começaram a deixá-la em botes salva-vidas ou nadando.
Operação
Uma grande operação de busca foi lançada nos arredores do naufrágio. Equipes de resgate, incluindo mergulhadores, fizeram buscas de cabine em cabine, procurando possíveis sobreviventes, enquanto navios da guarda costeira vasculharam as águas ao redor do navio. Helicópteros foram usados para retirar pessoas que se refugiaram no deck do navio e se encontravam em situação delicada. Porém, a retirada dos últimos passageiros e de membros da tripulação apresentou complicações. Uma fenda se abriu, causando vazamento dentro da embarcação, que inclinou.
 Os passageiros e tripulação foram levados para a ilha de Giglio e colocados em escolas, casas e igrejas para passar a noite. No início da noite de sábado, muitos já seguiam para outras partes da Itália para seguirem ao seu país de origem.
A operação de resgate prosseguia horas depois do naufrágio. "Ttemos cerca de 40 homens no trabalho e aguardamos a chegada de equipes especializadas em mergulho para checar todo o interior do navio", disse o porta-voz da corporação de bombeiros, Luca Cari.

Mais tarde, a imprensa italiana confirmou que o comandante do navio, Francesco Schettino, foi detido para prestar esclarecimentos sobre o acidente. O conteúdo do interrogatório, no entanto, não foi fornecido. Outros membros da tripulação também seriam submetidos a interrogatório, segundo as autoridades encarregadas das operações de resgate. Inicialmente, Schettino havia dito que o cruziero bateu em uma rocha em um trecho do mar que, segundo as coordenadas, era seguro de se navegar.
Pânico
Luciano Castro, um dos passageiros, disse à imprensa italiana que "todos estavam jantando quando a luz apagou, houve um tranco e os pratos caíram da mesa". Quando a luz voltou, o comandante anunciou uma avaria no gerador elétrico e garantiu um conserto rápido, mas o barco começou a adernar. A tripulação pediu que todos colocassem os coletes salva-vidas e logo veio a ordem para abandonar o navio, revelou Castro.
Outra passageira, Mara Parmegiani, afirmou à mídia italiana que houve "cenas de pânico" no navio. "Estávamos sentados para jantar e ouvimos aquele grande estrondo. Acho que ele bateu em algumas rochas. Houve muito pânico, as mesas viraram, os copos voaram para todos os lados e nós corremos para os decks onde colocamos nossos coletes salva-vidas. Estávamos muito assustados e congelando, porque ninguém teve tempo de tomar mais roupas. Eles nos deram cobertores, mas não havia em quantidade suficiente", disse.
A Costa Crociere, empresa proprietária do navio, afirmou que ainda é cedo para dizer o que causou o acidente. "A inclinação gradual do navio tornou a retirada dos passageiros extremamente difícil", afirma um comunicado divulgado pela companhia. "A posição do navio, que está piorando, tornou mais difícil a última parte da retirada."
O Costa Concordia havia deixado o porto de Civitavecchia, perto de Roma, na sexta-feira para um cruzeiro pelo Mediterrâneo, que deveria terminar em sete dias em Marselha, na França, após passar por portos da Sicília, da Sardenha e da Espanha. O navio transportava cerca de mil passageiros italianos, 500 alemães e 160 franceses, segundo o armador, que não precisou a nacionalidade das demais pessoas a bordo.
                                  Foto: Arte iG
Onde o navio naufragou
Com informações do iG Brasília e agências internacionais
Fonte:  Ùltimo Segundo IG

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